Do Portal PPS
Por William Passos
O PPS protocolará nesta terça-feira (30), às 11h30, na Comissão de Ética da Presidência República ofício com pedido para que o colegiado se pronuncie sobre a conduta do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que é alvo de denúncias envolvendo o suposto uso de aeronaves que pertencem a empresários que teriam sido beneficiados em negócios realizados com a Administração Pública.
O documento, que é assinado pelo vice-líder da Minoria, deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA), tem como destinatário o presidente da Comissão de Ética, Sepúlveda Pertence. Objetivo é questionar o colegiado para que este responda se Bernardo infringiu o Código de Conduta da Alta Administração Federal.
O PPS observa que o artigo 7° do Código diz que: “A autoridade pública não poderá receber salário ou qualquer outra remuneração de fonte privada em desacordo com a lei, nem receber transporte, hospedagem ou quaisquer favores de particulares de forma a permitir situação que possa gerar dúvida sobre a sua probidade ou honorabilidade”.
No expediente, o partido anexará reportagem divulgada recentemente que mostra que Paulo Bernardo, em 2009, quando era ministro do Planejamento, utilizou aeronave de uma empreiteira para o deslocamento dele e de assessores até o município de Guarapuava, no interior do Paraná. Também enviará cópia do vídeo em que Bernardo aparece ao lado do avião, um Seneca prefixo PT-WTS, durante entrevista concedida a repórteres. A construtora também é ligada ao agronegócio.
O partido também citará o episódio em que o ministro e a mulher dele, a atual ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffman, teriam utilizado, em 2010, um avião King Air da empreiteira Sanches Tripoloni. A Sanches, naquele ano, recebeu R$ 267 milhões da União.
Gleisi concorria ao Senado e Bernardo era ministro do Planejamento à época. A empresa também doou R$ 510 mil para a campanha da petista.
Demissão
Se os voos do ministro forem considerados violação ao Código de Conduta, a Comissão pode aplicar as seguintes penalidades: advertência ou censura ética. E, conforme o caso, pode sugerir à presidente Dilma Rousseff a demissão de Paulo Bernardo.
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